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quinta-feira, 24 de março de 2011

Dia de Combate à Tuberculose é lembrado em todo o mundo


Da Agência Brasil
Em Brasília
Hoje (24) é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Lançada em 1982 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares, a data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da doença, que ocorreu em 24 de março de 1882.

A descoberta do bacilo pelo pesquisador Robert Koch foi fundamental para o controle da tuberculose que, na época, vitimava grande parcela da população mundial. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço da população mundial está infectada com o bacilo de Koch sem, contudo, desenvolver a doença.

Em todo o mundo, a tuberculose mata mais que qualquer outra infecção curável. A cada dia, mais de 20 mil pessoas adoecem e 5 mil morrem vitimadas pelo mal que, tem sido considerado, desde 1993, uma emergência mundial. Os países em desenvolvimento registram 95% dos casos e 98% das mortes pela doença.

De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Combate à Tuberculose do Ministério da Saúde, Dráurio Barreira, no Brasil o problema é bastante sério. O país é o 16º em uma lista que reúne 22 nações com maior número de casos. A taxa de cura, de 77%, é considerada baixa. Na Índia, a taxa é de 85%; no Congo, de 85% e na China, de 94%. Por todos esses motivos, a partir de 2003, o governo tornou o enfrentamento à tuberculose uma das prioridades do Ministério da Saúde.

O combate à doença, no qual foram investidos R$ 120 milhões até 2007, faz parte do Pacto de Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia padrão é totalmente gratuita.

Para a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o índice de cura da tuberculose, quando o tratamento é realizado adequadamente, é de 95%. Entretanto, devido a problemas como a falta de diagnóstico e o abandono do tratamento, a tuberculose é a nona causa de hospitalização. 

Ocupa o sétimo lugar em gastos com internação pelo SUS e é ainda a quarta causa de mortalidade por males infecciosos. A doença manifesta-se de maneira oportunista em 15% dos portadores do HIV.

"Desde a década de 50, por conta da introdução dos antibióticos, a tuberculose vinha em uma trajetória de queda bastante acentuada. Com a epidemia da aids, houve um ressurgimento da tuberculose nos países que já tinham a doença sob controle e um agravamento naqueles que não haviam controlado a infecção. Ou seja, em quase todos os países em desenvolvimento houve um recrudescimento da tuberculose", afirmou Dráurio.

Segundo ele, no Brasil, apesar de a epidemia de aids ter ocorrido de forma mais séria na década de 90, o número de casos de tuberculose não chegou a aumentar, contudo parou de cair, permanecendo com o aparecimento de 100 mil casos anuais durante toda a década. "Com a distribuição do coquetel contra aids para toda a população soropositiva, a tuberculose, a partir de 1998, retoma a trajetória de queda, decrescendo de 2,5% a 2,8% ao ano.

"De toda maneira, é uma queda pequena, que não nos tranqüiliza. Queríamos ver cair muito mais. No ano passado, tivemos menos de 80 mil casos anuais, pela primeira vez. Mas é ainda um patamar muito alto e todo ano morrem no Brasil 5 mil pessoas com a doença. Considerando que é um mal de fácil diagnóstico, de fácil e barato tratamento e com alto índice de cura, não poderíamos ter nem esse número de casos e nem esse número de óbitos", afirmou.

Dia de Combate à Tuberculose terá ações

DA REDAÇÃO
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Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está mobilizando os distritos sanitários para a realização de atividades referentes ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (TB): 24 de março. De acordo com a gerente técnica de Doenças Transmissíveis da Sesau, Andréia Silva, entre as ações previstas estão os mutirões de busca dos casos sintomáticos da doença e atividades educativas sobre TB nas salas de espera das unidades de saúde.

Por intermédio de uma ONG internacional, o Programa Municipal de Controle da Tuberculose conseguiu a impressão de vinte mil abanicos com informações sobre os sintomas da tuberculose e hanseníase. Estes abanicos serão distribuídos nas unidades básicas de saúde (UBS).

“Queremos mobilizar a comunidade para procurar atendimento”, esclareceu Andréia, enfatizando que os principais sintomas da tuberculose são tosse por mais de três semanas, falta de apetite, perda de peso, cansaço e dores no peito.

O Programa de Controle da Tuberculose foi implantado em 56 unidades de saúde do município. A rede pública oferece o exame para detectar a doença (denominado exame de escarro) e o tratamento, constituído por um conjunto de medicamentos que devem ser tomados pelo paciente por um período de seis meses.

“Registramos em Campo Grande um abandono altíssimo do tratamento, de 13.40%, quando o Ministério da Saúde aceita um percentual de 5% de abandono do tratamento pelos portadores da tuberculose pulmonar”, alertou Sueli Diório de Almeida, gerente técnica dos programas de Controle da Tuberculose e Hanseníase da Sesau.

Uma das causas do problema, segundo Sueli, é a dificuldade de adesão dos pacientes ao tratamento. Por conta disso, o Ministério da Saúde preconizou uma iniciativa, que já foi implantada pela Sesau, na qual os profissionais de saúde vão até a casa dos doentes para ver se estão tomando os medicamentos. É o chamado tratamento diretamente observado.

Em 2010, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 101 casos novos de tuberculose pulmonar. “Nossa expectativa era de notificar, no ano passado, 300 casos novos da doença, considerando a estimativa de que um por cento da população é constituída de sintomáticos respiratórios”, observou a gerente do Programa de Controle da Tuberculose.

Para Sueli, a defasagem entre a expectativa e o número oficial de casos novos de tuberculose na Capital reflete a necessidade de intensificar a busca dos sintomáticos respiratórios. O maior grupo de risco da tuberculose são os comunicantes, as pessoas que estão mais próximas do paciente.

O percentual de cura preconizado pelo Ministério da Saúde para a tuberculose é de 85% dos casos. Em Campo Grande, o índice de cura alcançado foi de 72.16%, sendo que, em 2010, o percentual de mortes provocadas pela doença chegou a 4.12%.

“Diversos fatores interferem nesse percentual alto de mortes provocadas pela tuberculose. Podemos citar o diagnóstico tardio, o abandono do tratamento e os pacientes que já conviviam com outros problemas de saúde”, completou Sueli.

Parcela da população com maior incidência de tuberculose: pacientes com baixa resistência imunológica, usuários de drogas, andarilhos e presidiários.

Tuberculose

Tratamento interrompido fortalece o bacilo e pode trazer de volta a doença que causou pavor no passado.

O que é?

Doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial nos pulmões. O microorganismo causador da doença é o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis.


Processo de disseminação da tuberculose

1º passo 
 
Apesar de também atingir vários órgãos do corpo, a doença só é transmitida por quem estiver infectado com o bacilo nos pulmões.
2º passo 
 
A disseminação acontece pelo ar. O espirro de uma pessoa infectada joga no ar cerca de dois milhões de bacilos. Pela tosse, cerca de 3,5 mil partículas são liberadas.
3º passo 
 
Os bacilos da tuberculose jogados no ar permanacem em suspensão durante horas. Quem respira em um ambiente por onde passou um tuberculoso pode se infectar.


A tuberculose pulmonar

Processo inflamatório

O indivíduo que entra em contato pela primeira vez com o bacilo de Koch não tem, ainda, resistência natural. Mas adquire. Se o organismo não estiver debilitado, consegue matar o microorganismo antes que este se instale como doença. É, também, estabelecida a proteção contra futuras infecções pelo bacilo.

Tuberculose primária

Após um período de 15 dias, os bacilos passam a se multiplicar facilmente nos pulmões, pois ainda não há proteção natural do organismo contra a doença. Se o sistema de defesa não conseguir encurralar o bacilo, instala-se a tuberculose primária, caracterizada por pequenas lesões (nódulos) nos pulmões.

Caverna tuberculosa

Com o tempo e sem o tratamento, o avanço da doença começa a provocar sintomas mais graves. De pequenas lesões, os bacilos cavam as chamadas cavernas tuberculosas, no pulmão, que costumam inflamar com freqüência e sangrar. A tosse, nesse caso, não é seca, mas com pus e sangue. É a chamada hemoptise.


Por que nos pulmões?

Como o bacilo de Koch se reproduz e desenvolve rapidamente em áreas do corpo com muito oxigênio, o pulmão é o principal órgão atingido pela tuberculose.


Sintomas
  • Tosse crônica (o grande marcador da doença é a tosse durante mais de 21 dias);
  • Febre;
  • Suor noturno (que chega a molhar o lençol)
  • Dor no tórax;
  • Perda de peso lenta e progressiva;
  • Quem tem tuberculose não sente fome, fica anoréxico (sem apetite) e com adinamia (sem disposição para nada).


Tratamento
A prevenção usual é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves da doença. Se houver a contaminação, o tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida. O tratamento dura em torno de seis meses. Se o tuberculoso tomar as medicações corretamente, as chances de cura chegam a 95%. É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam.


Tuberculose resistente
Atualmente, consiste na principal preocupação mundial em relação à doença. O abandono do tratamento faz com que os bacilos tornem-se resistentes aos medicamentos e estes deixam de surtir efeito. A tuberculose resistente pode desencadear uma nova onda da doença virtualmente incurável em todo o mundo.


Números da doença
  • 1/3 da população mundial está infectado com o bacilo da tuberculose;
  • 45 milhões de brasileiros estão infectados;
  • 5% a 10% dos infectados contraem a doença;
  • 30 milhões de pessoas no mundo podem morrer da doença nos próximos dez anos;
  • 6 mil brasileiros morrem de tuberculose por ano.

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